Confesso que há lições de vida a revelarem-se importantes para a formação de um ser humano. Muitas dessas lições são transmitidas através de frases que nos fazem pensar e fazem com que o nosso comportamento se altere. Isso ocorreu-me, na infância, quando a minha mãe profere a seguinte lição: “Se toda a gente se atirasse da ponte, tu também te atiravas?” É uma questão que, para uma criança de 10 anos, é pertinente. A leitura que fiz, na altura, é que devo pensar pela minha cabeça, não me deixar influenciar pelos comportamentos que me rodeiam e nem sempre o que a maioria das pessoas fazem está correcto. É uma lição importante, mas a minha mãe teve o azar de proferi-la, recentemente, já para um adulto de 23 anos. Se há 13 anos a minha mãe não teve resposta à questão que me colocou, desta vez foi muito diferente.
Deixo-vos com a minha refutação: “Antes de mais, espera só um segundo: toda a gente? Estás-me a dizer que todos os habitantes deste planeta iriam cometer um suicídio em larga escala? O que os levaria a fazer uma coisa dessas? Admito que é de se tirar o chapéu a organização deste evento. Não deve ser nada fácil organizar a extinção de toda uma espécie. É que organizar uma festa de anos já dá o trabalho que dá, porque há sempre um que não gosta do restaurante, ou nesse dia já tem coisas combinadas, ou as pessoas que vão à festa não são do seu agrado. Agora, organizar a destruição de uma raça e todos os intervenientes estão disponíveis para esse acontecimento, revela um timing perfeito. É que, ainda por cima, é um péssimo evento, onde vais ter que acabar com a tua vida. Se fosse para chafurdares uma noite inteira com a Charlize Theron, acho que aí percebia a adesão total dos habitantes da Terra. Mas não é. Idosos, crianças, bebés, doentes acamados, grupos terroristas que durante toda a sua vida lutaram entre si e - a parte mais engraçada -, pessoas famosas vão participar nesta cerimónia. Pessoas famosas! Já imaginaste a sensação que é lançares-te de uma infraestrutura com o plantel do Real Madrid e com o elenco do Game of Thrones ao lado? A verdade é que há, pelo menos, um grupo de pessoas que não deve achar piada a isto tudo: as pessoas que se suicidam em pontes. É que, normalmente, é um momento egoísta, solitário, onde tentam passar os seus últimos minutos, na Terra, em harmonia. Agora, com isto tudo, já não tem o mesmo gosto pôr fim à vida. E já agora: que ponte é que vai receber este evento? Vai ser como no Campeonato do Mundo, onde é feito um sorteio e os países interessados apresentam a sua candidatura? Mãe, onde é que vais com essa mala de viagem? Mãe, fala comigo! Não podes sair de casa sem me dizer nada! Mãe?! Mãe?!?!”
Deixo-vos com a minha refutação: “Antes de mais, espera só um segundo: toda a gente? Estás-me a dizer que todos os habitantes deste planeta iriam cometer um suicídio em larga escala? O que os levaria a fazer uma coisa dessas? Admito que é de se tirar o chapéu a organização deste evento. Não deve ser nada fácil organizar a extinção de toda uma espécie. É que organizar uma festa de anos já dá o trabalho que dá, porque há sempre um que não gosta do restaurante, ou nesse dia já tem coisas combinadas, ou as pessoas que vão à festa não são do seu agrado. Agora, organizar a destruição de uma raça e todos os intervenientes estão disponíveis para esse acontecimento, revela um timing perfeito. É que, ainda por cima, é um péssimo evento, onde vais ter que acabar com a tua vida. Se fosse para chafurdares uma noite inteira com a Charlize Theron, acho que aí percebia a adesão total dos habitantes da Terra. Mas não é. Idosos, crianças, bebés, doentes acamados, grupos terroristas que durante toda a sua vida lutaram entre si e - a parte mais engraçada -, pessoas famosas vão participar nesta cerimónia. Pessoas famosas! Já imaginaste a sensação que é lançares-te de uma infraestrutura com o plantel do Real Madrid e com o elenco do Game of Thrones ao lado? A verdade é que há, pelo menos, um grupo de pessoas que não deve achar piada a isto tudo: as pessoas que se suicidam em pontes. É que, normalmente, é um momento egoísta, solitário, onde tentam passar os seus últimos minutos, na Terra, em harmonia. Agora, com isto tudo, já não tem o mesmo gosto pôr fim à vida. E já agora: que ponte é que vai receber este evento? Vai ser como no Campeonato do Mundo, onde é feito um sorteio e os países interessados apresentam a sua candidatura? Mãe, onde é que vais com essa mala de viagem? Mãe, fala comigo! Não podes sair de casa sem me dizer nada! Mãe?! Mãe?!?!”
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