Quando era pequeno, numa viagem de avião para Tenerife, as hospedeiras deixaram-me entrar no cockpit e o piloto deixou-me pilotar o avião, por uns segundos. Foi uma óptima sensação. A verdade é que tive a sorte de estar na presença da única profissão, de alto risco, onde é perfeitamente aceitável deixar um desconhecido entrar na área de trabalho e fazer o trabalho dessa pessoa. Não estou a ver isso a acontecer noutra profissão.
Enfermeira: Senhor doutor, temos aqui um menino que gostava de entrar no bloco operatório.
Cirurgião: Deixa-o entrar, Madalena…Não tenhas vergonha. Como te chamas?
João: Chamo-me João.
Cirurgião: João?! O meu pai chamava-se João. Anda, aproxima-te…Estamos a desentupir as artérias deste paciente. Pega neste bisturi e passa, com cuidado, neste sítio.
Assistente: Doutor, estamos a perder o paciente.
Cirurgião: Bom trabalho, João. Viste? Se calhar um dia vais ser um médico-cirurgião. Agora vai ter com a enfermeira Madalena.
Assistente: Doutor, acho que o perdemos.
Cirurgião: Ah, a sério? Bem, ao menos fizemos uma criança feliz. Adeus, João!
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